Eu quero ver o mar...

Se voltar desejos ou se eles foram mesmo,
Lembre da nossa música.
Se lembrar dos tempos, dos nossos momentos,
Lembre da nossa música

Um costume de nós fica agarrado.
As lembranças, os cheiros...dilacerados.
Nossa bela história está no passado.
O amor que me tinhas era pouco e se acabou .

Nossas juras de amor já desbotadas.
Nossos beijos de outrora foram guardados.
Nosso mais belo plano desperdiçado.
Nossa graça e vontade derretem na chuva.

Nosso sonho se perdeu no fio da vida.
E eu vou embora...
Sem mais feridas, sem despedidas,
Eu quero ver o mar.



Não se pode começar a falar de si mesmo sem lembrar os que
contribuem para o que nos tornamos hoje.

Como uma ilha que muda um pouco após cada onda chegar e
depois ir, como os míseros grãos de areia que vão e deixam
outros em seu lugar, como as próprias ondas que não são
mais as mesmas quando chegam e quando retornam ao mar...

A mesma ilha que se segura e se mantém firme entre tantas
tentativas do mar em sufocá-la, é a mesma que não suporta
mais existir só. De que lhe vale sobreviver a tudo?

À todos que já passaram por mim e deixaram um pouco de si,
peço desculpas por citar agora apenas os que levaram um
pouco do que fui. Os que de grão em grão encheram-se e me
esvaziaram um pouco.

Aos que dedicam seu tempo em ler os pensamentos deixados
aqui... não, não pensem ser esta uma ilha triste! É seu recomeço.
Ou o começo do recomeço.

Onde todas as antigas dores se despedem e me permitem viver.
Espero tempestades e dias lindos de sol, ventos fortes e
brisa suave tocando o corpo.

Abro bem os olhos, pois só quero ver o mar...
(E esse mar não tá pra peixe)
Nenhuma postagem.
Nenhuma postagem.